Meios de cultura existentes:
Ágar nutriente: útil para análise de água, exames bacteriológicos, isolamento de seres para culturas puras e manutenção/conservação em temperatura ambiente
Ágar de sangue: isola organismos nutricionalmente exigentes, identificação de Haemophilus spp, Streptococcus spp e Staphy lococcus spp
Ágar chocolate: usado para cultivo de microorganismos exigentes
Ágar maccrinkey: verifica fermentação da lactose e isola bacilos gram negativos (enterobactérias)
Ágar salmonella-shigella: tem como função apontar a salmonella e shigella do resto
Ágar cysrine lactose electrolyte deficient: diferencia seres gram positivos, gram negativos e leveduras
Ágar thayer Martin chocolate: isola os microorganismos neisserir gonorrhoeae neisseria
Agar lö westein-jensen: isolamento das micobactérias
Ágar saboraud: cultiva espécies cândidas e fungos filamentosos
Ágar regan-lowe: isola seres em amostras contaminadas com microbiota do pulmão
Agar verde brilhante: isola salmonelas fora a s.typhi
Ágar Mueller-hinton: avalia resistência a antimicrobianos
Meios de cultura para bactérias e fungos:
O ágar saboraud é o mais usado no crescimento de fungos filamentosos, e todos os outros são igualmente eficientes de acordo com a bactéria
Como fazer: pesar o ágar, adicionar água destilada na placa de Petre esterelizada juntamente com o ágar.
Onde se encontram:
Em locais contendo humildade e grande oferta de nutrientes
Representantes:
- Solo e atmosfera - esporos
- Presente em rochas marinhas
Também chamada de microscopia óptica, a microscopia de luz combina métodos tradicionais de formação de imagem com princípios de aumento de resolução, permitindo a observação de detalhes de até 200 nanômetros. Os microscópios ópticos são, geralmente, utilizados em laboratórios de análises e se dividem em:
1. Microscópio ultravioleta
Neste tipo, utiliza-se a radiação ultravioleta, que tem um comprimento de onda para a luz visível, melhorando o limite de resolução.
2. Microscópio de fluorescência
A observação dos espécimes é feita através da fixação de substâncias fluorescentes, que, ao receberem luz, podem ser observados através do brilho gerado.
3. Microscópio de contraste de fase
Transforma diferentes fases dos raios de luz em diferenças luminosas, permitindo a observação dos espécimes através do contraste gerado.
4. Microscópio de polarização
Constituído por dois prismas – um polarizador e outro analisador – este tipo de microscópio é utilizado na observação de materiais birrefringentes (estruturas anisotrópicas, com índices diferentes de refração como os ossos, músculos, fibras, cabelos, etc.).
5. Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV)
Capazes de produzir imagens em alta resolução, estes microscópios ampliam em até 100 mil vezes objeto e permitem obter imagens tridimensionais, sendo bastante utilizados para a observação da estrutura superficial da amostra.
6. Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET)
Este tipo permite examinar detalhes ínfimos, ampliando o objeto em até um milhão de vezes. Seu funcionamento consiste na emissão de um feixe de elétrons que interage com a amostra enquanto a atravessa, formando uma imagem aumentada. Para a observação neste tipo de microscópio é necessário que o material seja cortado em camadas bem finas.
Ao contrário da microscopia óptica, este tipo não utiliza lentes de vidro, mas sim ponteiras de vidro com alta sensibilidade à superfície da amostra, permitindo a formação de uma imagem com informações tridimensionais. Além da grande resolução, os microscópios que utilizam essa tecnologia podem medir características como dureza e elasticidade do material.
Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos. Também chamada de “taxionomia” ou “taxeonomia”, ela estabelece critérios para classificar todos os animais e plantas sobre a Terra em grupos de acordo com as características fisiológicas, evolutivas e anatômicas e ecológicas de cada animal ou grupo animal.
Existem três domínios: Archaea, Eubacteria e Eukarya:
• Eubacteria – inclui as bactérias
• Archaea – anteriormente denominado archaeobacteria, inclui os procariontes que não se incluem nos Eubacteria
• Eukarya – inclui todos os eucariontes
A classificação dos seres vivos nos domínios Eukarya, Archaea e Bacteria foi sugerida em 1978 por Carl Woese. Por essa classificação, os organismos são agrupados de acordo com o tipo de célula: eucariontes (células que possuem núcleo organizado) e procariontes (as que não possuem núcleo organizado).
Domínio é a designação dada em biologia ao taxon de nível mais elevado utilizado para agrupar os organismos numa classificação científica.
Os vírus são os únicos seres vivos acelulares. Sendo assim, eles não se enquadram neste tipo de classificação (que tem como base a estrutura da célula).
Calcula-se que existam cerca de 10 a 30 milhões de espécies de seres vivos na Terra. Desse total, aproximada¬mente, 2 milhões de espécies já foram classificadas pelos cientistas
- Reino Monera: Seres unicelulares e procariontes (sem núcleo organizado).
- Reino Protista : Seres uni ou multicelulares, eucariontes, autótrofos (algas) ou heterótrofos (protozoários).
- Reino Fungi: Seres uni ou multicelulares, eucariontes aclorofilados e heterótrofos.
- Reino Plantae: Seres multicelulares, clorofilados e autótrofos.
- Reino Animalia : Seres multicelulares, aclorofilados e heterótrofos.
Desinfecção:
É a eliminação de microorganismos na sua forma vegetativa, onde na prática é um processo que reduz o número de microorganismos. Seu objetivo é evitar a possibilidade de disseminação de agentes patogênicos.
- Baixo nível – destrói microorganismos na forma vegetativa, alguns vírus e fungos, não elimina o bacilo da tuberculose, nem os microorganismos esporulados.
- Médio nível ou nível intermediário – destrói microorganismos na forma vegetativa, com exceção dos microorganismos esporulados, inativa o bacilo da tuberculose e a maioria dos vírus e fungos;
- Alto nível – destrói microorganismos na forma vegetativa e alguns esporulados, destrói ainda o bacilo da tuberculose, vírus e fungos. Faz-se necessário, o enxágüe do material com água estéril e manipulação com técnica asséptica. Havendo dificuldade com enxágüe com água estéril, é recomendado imersão com álcool a 70% após o enxágüe.
Esterilização:
É o processo que promove completa eliminação ou destruição de todas as formas de microorganismos vivos que se encontrem à superfície ou no interior de um material, podendo ser alcançado pela exposição do material a agentes letais físicos ou químicos, ou ainda no caso de substâncias líquidas, a separação mecânica dos organismos através de filtrações.
- Calor Úmido: A esterilização pelo calor pode ser alcançada utilizando equipamentos que trabalham balanceando tempo, temperatura e pressão atmosférica, como por exemplo, a autoclave. Para a esterilização pelo calor úmido devem ser levados em consideração alguns pontos importantes, como:
- Temperatura: uma temperatura de 121°C oferece uma boa margem de segurança se for mantida durante um espaço de tempo apropriado.
- Umidade: A umidade é um ponto importante a ser considerado, visto que quando mais o vapor foi aquecido, será necessário um aumento da temperatura e o tempo de exposição para a esterilização.
- Pressão Atmosférica: A pressão é útil para elevar a temperatura do vapor acima dos 100°C, o que não seria possível em aquecimento de água em ambientes abertos.
- Tempo: o tempo é necessário para que o vapor tenha a oportunidade de penetrar e aquecer os materiais a serem esterilizados. Mesmo quando as temperaturas de esterilização são atingidas, os agentes virais ou microbianos não são todos mortos de uma vez.
- Esterilização por calor seco:
O calor seco é utilizado para esterilizar, principalmente material de vidro, materiais sólidos termoestáveis e alguns outros materiais utilizados no laboratório de biotecnologia. É um dos métodos de esterilização mais utilizados e de muito fácil aplicação. O material utilizado é apenas uma estufa de alta temperatura (160° - 200°C).
Assepsia:
É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.