terça-feira, 12 de maio de 2015

Meios de Cultura

Meios de cultura existentes: 

Ágar nutriente: útil para análise de água, exames bacteriológicos, isolamento de seres para culturas puras e manutenção/conservação em temperatura ambiente

Ágar de sangue: isola organismos nutricionalmente exigentes, identificação de Haemophilus spp, Streptococcus spp e Staphy lococcus spp

Ágar chocolate: usado para cultivo de microorganismos exigentes

Ágar maccrinkey: verifica fermentação da lactose e isola bacilos gram negativos (enterobactérias)

Ágar salmonella-shigella: tem como função apontar a salmonella e shigella do resto

Ágar cysrine lactose electrolyte deficient: diferencia seres gram positivos, gram negativos e leveduras

Ágar thayer Martin chocolate: isola os microorganismos neisserir gonorrhoeae neisseria

Agar lö westein-jensen: isolamento das micobactérias

Ágar saboraud: cultiva espécies cândidas e fungos filamentosos

Ágar regan-lowe: isola seres em amostras contaminadas com microbiota do pulmão

Agar verde brilhante: isola salmonelas fora a s.typhi

Ágar Mueller-hinton: avalia resistência a antimicrobianos

Meios de cultura para bactérias e fungos:

O ágar saboraud é o mais usado no crescimento de fungos filamentosos, e todos os outros são igualmente eficientes de acordo com a bactéria



Como fazer: pesar o ágar, adicionar água destilada na placa de Petre esterelizada juntamente com o ágar.

Onde se encontram:

Em locais contendo humildade e grande oferta de nutrientes

Representantes:


  • Solo e atmosfera - esporos


  • Água - locais úmidos


  • Presente em rochas marinhas


Microscopia

Também chamada de microscopia óptica, a microscopia de luz combina métodos tradicionais de formação de imagem com princípios de aumento de resolução, permitindo a observação de detalhes de até 200 nanômetros. Os microscópios ópticos são, geralmente, utilizados em laboratórios de análises e se dividem em:

1. Microscópio ultravioleta
Neste tipo, utiliza-se a radiação ultravioleta, que tem um comprimento de onda para a luz visível, melhorando o limite de resolução.

2. Microscópio de fluorescência
A observação dos espécimes é feita através da fixação de substâncias fluorescentes, que, ao receberem luz, podem ser observados através do brilho gerado.


3. Microscópio de contraste de fase
Transforma diferentes fases dos raios de luz em diferenças luminosas, permitindo a observação dos espécimes através do contraste gerado.



4. Microscópio de polarização
Constituído por dois prismas – um polarizador e outro analisador – este tipo de microscópio é utilizado na observação de materiais birrefringentes (estruturas anisotrópicas, com índices diferentes de refração como os ossos, músculos, fibras, cabelos, etc.).


5. Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV)
Capazes de produzir imagens em alta resolução, estes microscópios ampliam em até 100 mil vezes objeto e permitem obter imagens tridimensionais, sendo bastante utilizados para a observação da estrutura superficial da amostra.



6. Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET)
Este tipo permite examinar detalhes ínfimos, ampliando o objeto em até um milhão de vezes. Seu funcionamento consiste na emissão de um feixe de elétrons que interage com a amostra enquanto a atravessa, formando uma imagem aumentada. Para a observação neste tipo de microscópio é necessário que o material seja cortado em camadas bem finas.
Ao contrário da microscopia óptica, este tipo não utiliza lentes de vidro, mas sim ponteiras de vidro com alta sensibilidade à superfície da amostra, permitindo a formação de uma imagem com informações tridimensionais.  Além da grande resolução, os microscópios que utilizam essa tecnologia podem medir características como dureza e elasticidade do material.







Taxonomia


Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos. Também chamada de “taxionomia” ou “taxeonomia”, ela estabelece critérios para classificar todos os animais e plantas sobre a Terra em grupos de acordo com as características fisiológicas, evolutivas e anatômicas e ecológicas de cada animal ou grupo animal.

Domínios


Existem três domínios: Archaea, Eubacteria e Eukarya

Eubacteria – inclui as bactérias

Archaea – anteriormente denominado archaeobacteria, inclui os procariontes que não se incluem nos Eubacteria

Eukarya – inclui todos os eucariontes

A classificação dos seres vivos nos domínios Eukarya, Archaea e Bacteria foi sugerida em 1978 por Carl Woese. Por essa classificação, os organismos são agrupados de acordo com o tipo de célula: eucariontes (células que possuem núcleo organizado) e procariontes (as que não possuem núcleo organizado).
Domínio é a designação dada em biologia ao taxon de nível mais elevado utilizado para agrupar os organismos numa classificação científica. 

Os vírus são os únicos seres vivos acelulares. Sendo assim, eles não se enquadram neste tipo de classificação (que tem como base a estrutura da célula).

Reinos

Calcula-se que existam cerca de 10 a 30 milhões de espécies de seres vivos na Terra. Desse total, aproximada¬mente, 2 milhões de espécies já foram classificadas pelos cientistas


  • Reino Monera: Seres unicelulares e procariontes (sem núcleo organizado).
  • Reino Protista : Seres uni ou multicelulares, eucariontes, autótrofos (algas) ou heterótrofos (protozoários).
  • Reino Fungi: Seres uni ou multicelulares, eucariontes aclorofilados e heterótrofos. 
  • Reino Plantae: Seres multicelulares, clorofilados e autótrofos.
  • Reino Animalia : Seres multicelulares, aclorofilados e heterótrofos.


Nomenclatura Científica


Técnicas de Laboratório

Desinfecção: 

É a eliminação de microorganismos na sua forma vegetativa, onde na prática é um processo que reduz o número de microorganismos. Seu objetivo é evitar a possibilidade de disseminação de agentes patogênicos.


  •  Baixo nível destrói microorganismos na forma vegetativa, alguns vírus e fungos, não elimina o bacilo da tuberculose, nem os microorganismos esporulados.
  • Médio nível ou nível intermediáriodestrói microorganismos na forma vegetativa, com exceção dos microorganismos esporulados, inativa o bacilo da tuberculose e a maioria dos vírus e fungos;
  • Alto níveldestrói microorganismos na forma vegetativa e alguns esporulados, destrói ainda o bacilo da tuberculose, vírus e fungos. Faz-se necessário, o enxágüe do material com água estéril e manipulação com técnica asséptica. Havendo dificuldade com enxágüe com água estéril, é recomendado imersão com álcool a 70% após o enxágüe.



Esterilização:

É o processo que promove completa eliminação ou destruição de todas as formas de microorganismos vivos que se encontrem à superfície ou no interior de um material, podendo ser alcançado pela exposição do material a agentes letais físicos ou químicos, ou ainda no caso de substâncias líquidas, a separação mecânica dos organismos através de filtrações.


  • Calor Úmido: A esterilização pelo calor pode ser alcançada utilizando equipamentos que trabalham balanceando tempo, temperatura e pressão atmosférica, como por exemplo, a autoclave. Para a esterilização pelo calor úmido devem ser levados em consideração alguns pontos importantes, como:
  1. Temperatura: uma temperatura de 121°C oferece uma boa margem de segurança se for mantida durante um espaço de tempo apropriado. 
  2. Umidade: A umidade é um ponto importante a ser considerado, visto que quando mais o vapor foi aquecido, será necessário um aumento da temperatura e o tempo de exposição para a esterilização. 
  3. Pressão Atmosférica: A pressão é útil para elevar a temperatura do vapor acima dos 100°C, o que não seria possível em aquecimento de água em ambientes abertos.
  4. Tempo: o tempo é necessário para que o vapor tenha a oportunidade de penetrar e aquecer os materiais a serem esterilizados. Mesmo quando as temperaturas de esterilização são atingidas, os agentes virais ou microbianos não são todos mortos de uma vez.



  • Esterilização por calor seco:

O calor seco é utilizado para esterilizar, principalmente material de vidro, materiais sólidos termoestáveis e alguns outros materiais utilizados no laboratório de biotecnologia. É um dos métodos de esterilização mais utilizados e de muito fácil aplicação. O material utilizado é apenas uma estufa de alta temperatura (160° - 200°C). 


Assepsia:

É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.

Vírus

Os vírus são seres bastante simples e de tamanho tão pequeno que as menores células que se tem conhecimento são maiores que eles. Dessa forma, só podemos visualizá-los com o auxílio de microscópios eletrônicos.

Formados, principalmente, por proteínas e ácidos nucleicos, os vírus são seres acelulados e que só têm condições de realizar suas atividades vitais quando estão no interior de células vivas. Assim, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios.

Em razão dessas características peculiares, eles não são reconhecidos, precisamente, como seres vivos. Entretanto, são sistemas biológicos, por possuírem ácidos nucleicos em sua constituição, além de sistemas de codificação genética.

O ácido nucleico pode ser tanto DNA quanto RNA, sendo que alguns poucos vírus podem possuir os dois. Ele é envolvido pelo capsídio, estrutura
formada por moléculas de proteínas que, em algumas espécies, encontra-se revestida por uma membrana lipoproteica que contém proteínas virais específicas em sua superfície.

Quanto à reprodução, esses sistemas biológicos infectam geralmente a célula hospedeira ligando suas proteínas virais à proteína receptora desta. Nela ocorre a multiplicação do material genético e, utilizando os ribossomos, nucleotídeos, aminoácidos e mitocôndrias celulares, comandam a síntese de proteínas e ácidos nucleicos, utilizando a energia oriunda do metabolismo do hospedeiro.

Assim, dão origem a novos vírus que, exceto quando há mutações, são semelhantes entre si. Esses poderão invadir outras células que, possivelmente, terão seu funcionamento prejudicado. Assim, um indivíduo com seu organismo infectado apresentará os sintomas típicos da doença viral que contraiu. Catapora, caxumba, dengue, ebola, febre amarela, gripe, hepatite, herpes, AIDS, poliomielite, raiva, rubéola, sarampo e varíola são algumas delas.

Protozoários e seus tipos

Protozoário é uma palavra de origem grega que significa "animal primitivo".Os protozoários são seres heterótrofos. Podem viver isolados ou formar colônias, ter vida livre ou associar-se a outros organismos, e habitam os mais variados tipos de ambiente. Algumas espécies são parasitas de seres diversos, até mesmo do ser humano.
São classificados através de sua estrutura de locomoção, são eles: 
Ameba
  • Sarcodíneos ou Rizópodes - são protozoários que se locomovem estendendo pseudópodes, expansões em sua célula que atuam como "falsos pés". As amebas são um exemplo de sarcodíneo.






  •  Flagelados - são os que se locomovem com auxílio de flagelos (longos filamentos que vibram e permitem a locomoção). Um exemplo de flagelado é a giardia.   
Flagelado








  • Ciliados -são seres que utilizam cílios (pequenos filamentos ao longo do corpo) na locomoção, como o paramécio 
Ciliado
  Esporozoários- são protozoários que não possuem estruturas de locomoção. Eles são todos parasitas e causam doenças. Entre eles está o plasmódio, causador da malária.


A maioria dos protozoários apresenta reprodução assexuada, principalmente por cissiparidade. Mas algumas espécies podem se reproduzir sexuadamente.
Cissipariedade
Doenças causadas por protozoários parasitas envolvem, basicamente, dois locais de parasitismo: o sangue e o tubo digestório. No entanto, a pele, o coração, os órgãso do sistema genital e os sistema linfático também costituem locais em que os parasitas podem se instalar. Essas doenças envolvem, em seu ciclo, hospedeiros, isto é, organismos vivos em que os parasitas se desenvolvem. 

Doenças mais frequentes no Brasil causadas por protozoários:
  • Malária
  • Amebíase
  • Doença de Chagas
  • Giardíase
  • Tricomoníase

Algas e seus tipos

Antigamente as algas eram classificadas como um sub-reino primitivo no reino das plantas. Atualmente, sua maior parte está classificada dentro do reino protista, ou, em outro grupo principal chamado eucariontes, o qual inclui animais e plantas mais desenvolvidas.

As algas possuem clorofila e são capazes de produzir seu próprio alimento através do processo de fotossíntese.

Dentro dos oceanos, elas estão espalhadas por grande parte de nosso planeta. Elas também se encontram em água doce e, inclusive, fora da água. Entretanto, quase todas as algas são marinhas.

As algas que se desenvolvem em água poluída, geralmente são tóxicas e se multiplicam muito rapidamente. Este processo provoca um aumento exagerado em seu número e, conseqüentemente, um sério desequilíbrio no ecossistema.

As algas marinhas são as produtoras primárias dos nutrientes que suprem todo sistema, além disso, elas também são de grande importância por sua capacidade de suprir com oxigênio toda vida marinha.


  • Microalgas seriam as algas unicelulares, ou seja, seres autotróficos (fazem fotossíntese) que possuem uma única célula. São elas a grande maioria das algas. São todas visíveis somente no microscópio, mas elas são responsáveis pela cor dos mares (azuis, verdes) e pela
    sensação de que a água do mar é pegajosa. Elas também são responsáveis pela maioria do oxigêncio presente na Terra. Também são chamadas de plâncton ou fitoplâncton






  • Macroalgas - são as algas pluricelulares, com as quais nós estamos acostumados, sendo as algas verdes muito semelhantes a plantas aquáticas.

Fungos e seus tipos

Na natureza há diferentes tipos de fungos. Podemos dizer que eles são uma forma de vida bastante simples. Com relação às diferenças, existem aqueles que são extremamente prejudicais para a saúde do homem, causando inúmeras enfermidades e até intoxicação. Encontramos também os que parasitam vegetais mortos e cadáveres de animais em decomposição.




Temos também os que são utilizados para alimento e até aqueles dos quais se pode extrair substâncias para a elaboração de medicamentos, como, por exemplo, a penicilina

Os fungos podem ser de três tipos :

  • Mofos -  também chamados de bolor,  são espécies de fungos filamentosos que se desenvolvem em matéria orgânica. Estes mofos possuem a capacidade de decompor a matéria orgânicaUm tipo de mofo muito comum em nosso dia-a-dia é o bolor de pãoCom relação à coloração, podem assumir, principalmente, tons esverdeados, azulados, avermelhados ou esbranquiçadosAlguns tipos de mofos são danosos a saúde humana, como é o caso do bolor de pão e de outros alimentos. Isto ocorre, pois eles estragam e apodrecem os alimentos. Ao comer um alimento (pão, fruta, legume, etc) é sempre importante verificar se o mesmo não se encontra embolorado. Em caso afirmativo, o certo é jogar o alimento no lixo. Existem também algumas espécies de mofos que são úteis aos seres humanos. Podemos citar como exemplo os mofos do gênero penicillium. Estes mofos servem para os cientistas como base para a produção de antibióticos (penicilina), usados para combater vários tipos de doenças. Algumas espécies de mofos são usadas na fabricação de determinados tipos de queijos.

  • Leveduras - são fungos formados por apenas uma célula (unicelulares). Não são visíveis a olho nu, portanto, podem ser visualizadas apenas com o auxílio de microscópioGrande parte das leveduras apresenta-se no formato ovalA reprodução das leveduras ocorre de maneira assexuada (sem intervenção de gametas), através de um processo conhecido como brotamento. Desta forma, uma levedura pode gerar outras, sem a necessidade de outra leveduraAs leveduras vivem em locais com presença de matéria orgânica ou como parasitas em outros seres vivos. Podem, inclusive, parasitar os seres humanos, provocando doenças. A levedura Cândida albicans é a levedura parasita mais conhecida do ser humano, pois provoca uma doença chamada candidíase que afeta, principalmente, os órgãos genitais femininosAlgumas espécies de leveduras são usadas na indústria de bebidas e alimentos. O vinho e a cerveja, por exemplo, usam leveduras em determinadas etapas de produção. Também são utilizadas no processo de fermentação da massa de pão.

  • Cogumelos - O nome cogumelo refere-se a uma parte do corpo do fungo, seu corpo frutífero, formada por várias hifas  que crescem para o alto e produz esporos. Esses esporos são invisíveis a olho nu e se espalham com o vento, com a água ou até mesmo agarrados ao corpo de animais. A frutificação nestes fungos é a estrutura de reprodução sexuada  e possui variadas formas e coresOs cogumelos são incapazes de sintetizar matéria orgânica e são desprovidos de clorofila (aclorofilados), o que os impedem de realizar a fotossíntese. Por isso, são chamados de seres heterotróficos, ou seja, não possuem capacidade de produzir seu próprio alimento. Assim como todos os fungos, os cogumelos alimentam-se por absorçãoPossui um conjunto de filamentos de células, chamadas hifas, que podem ser ramificadas e ter comprimentos variados. O conjunto das hifas é o micélio, que desempenha importantes funções como a sustentação e absorção de nutrientes. Os fungos se reproduzem através dos esporos. Um esporo é basicamente uma célula envolvida por um revestimento protetor (parede celular), a partir da qual se pode desenvolver um novo organismoDepois da fusão de hifas compatíveis, o micélio produzido pode se desenvolver de forma ligeira. Fatores como temperatura e umidade proporcionam condições adequadas para o micélio dar origem aos cogumelos, que produzem esporos. Os fungos dependem de outros seres vivos para se alimentarem. Quando se alimenta de matérias orgânicas mortas são chamados de fungos decompositores (Saprófitos). Os fungos parasitas alimentam-se de seres vivos, como insetos, plantas e até mesmo outros cogumelos. Vivem sob as árvores e são responsáveis por muitas doenças. Os fungos simbióticos estabelecem uma relação de reciprocidade com as plantas. Extraem a sua nutrição (hidrato de carbono) das plantas verdes e em troca, fornece água, vitaminas, hormônios e outras substâncias.

Bactérias e seus tipos

Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. A célula bacterianas contém os quatro componentes fundamentais a qualquer célula: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular, que constitui o único cromossomo bacteriano.

A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma ser denominada nucleóide. Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular.




É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não ligada ao cromossomo bacteriano - espalhados pelo hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para resistência a antibióticos.


As bactérias podem ser de três tipos, sendo eles :



  • Actinobacteria - é um filo de bactérias Gram-positivas conhecidas como actinomicetos ou actinobactérias. Estas bactérias têm organização filamentosa, muitas vezes ramificada. Dada sua semelhança com fungos e por produzirem, como estes, cadeias de esporos semelhantes a conídios, os Actinomicetos são com frequência erroneamente classificados como tais. Ao contrário dos fungos, porém, são organismos procarióticos em sua grande maioria aeróbios.
  • CianobactériasExtremamente parecidas com as bactérias, as cianobactérias são também procariontes. São todas autótrofas fotossintetizantesmas suas células não possuem cloroplastos. A clorofila, fica dispersa pelo hialoplasma e em lamelas fotossintetizantes, que são ramificações da membrana plasmática.Além da clorofila, possuem outros pigmentos acessórios, como os carotenóides (pigmentos semelhantes ao caroteno da cenoura), ficoeritrina (um pigmento de cor vermelha, típico das cianobactérias encontradas no Mar vermelho) e a ficocianina (um pigmento de cor azulada, que originou o nome das cianobactérias, anteriormente denominadas "algas azuis") . Elas vivem no mar, na água doce e em meio terrestre úmido.
  • Archeas -  é a designação de um dos domínios de seres vivos, relacionados com as bactérias. Trata-se de organismos procariotos, geralmente quimiotróficos, muitos dos quais sobrevivem em lugares extremos como fontes de água quente, lagos ou mares muito salinospântanos (onde produzem metano) e ambientes ricos em gás sulfídrico e com altas temperaturas.
  • Eubactérias - Este grupo reúne a grande maioria das bactérias conhecidas. Podem viver isoladas ou em colônia e podem ser vistas apenas com o auxílio de um microscópioSão seres procariontes, pois não possuem núcleo organizado por uma membrana carioteca. Seu DNA é um único filamento em anel, chamado de nucleóide. Pode haver estruturas de locomoção como cílios e flagelos e estruturas de resistência como esporos.

A classificação morfológica das bactérias é: cocos, bacilos, vibrião e espirilo e podem se arranjar como cocos, diplococos, estafilococos, estreptococos, etc.



Carl Von Linné

Lineu foi um botânico, zoólogo e médico sueco, criador da nomenclatura binomial e da classificação científica, sendo assim considerado o "pai da taxonomia moderna".  Lineu também foi instrumental no desenvolvimento da
escala Celsius de temperatura, invertendo a escala que Anders Celsius havia proposto, que tinha 0° como ponto de ebulição da água e 100° como o ponto de fusão.É ainda o cientista da área das ciências naturais mais famoso da Suécia.

A Taxonomia de Lineu é extensamente usada nas ciências biológicas.

Sua taxonomia classifica as coisas vivas em uma hierarquia, começando com os Reinos. Reinos são divididos em Filos. Filos são divididos em classes, então em ordens, famílias, gêneros e espécies e, dentro de cada um em subdivisões. 

Robert Koch

Heinrich Hermann Robert Koch foi um importante bacteriologista alemão. Nasceu na cidade alemã de Clausthal em 11 de dezembro de 1843 e faleceu em Baden-Baden em 27 de maio de 1910. Por suas descobertas e estudos é considerado o "pai da bacteriologia".


Em 1880 foi nomeado membro do Departamento de Saúde Imperial de Berlin. 
Mais tarde, entre 1891 e 1904 foi diretor do Instituto de Enfermidades Infecciosas de Berlin.

Em 1883, descobriu o agente causador da cólera: o vibrio cholerae.


Koch foi o pioneiro na comprovação de que as bactérias podem provocar doenças nos seres vivos

No ano de 1876, Koch conseguiu isolar e descrever o Bacillus anthracis (bactéria causadora do Carbúnculo).

Em 1882, Koch conseguiu seu maior feito. Descobriu o bacilo causador da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo-de-koch). Por esta descoberta, Koch ganhou o Prêmio Nobel de Medicina no ano de 1905.

Desenvolveu os Postulados de Koch, um conjunto de medidas ou ações que devem ser feitas para que um organismo seja considerado a causa de uma doença. Com estes postulados, conseguiu sistematizar a pesquisa e identificação de doenças provocadas por bactérias.

Louis Pasteur


Louis Pasteur nasceu em Dôle, Jura, na França, a 27 de dezembro de 1822, e morreu em Villeneuve l'Étang, Seine-et-Oise, França, a 28 de setembro de 1895.  Não foi um aluno de destaque até transferir-se para a Escola Normal Superior em 1843. licenciar-se e ter acesso às aulas de um grande químico francês chamado Jean Baptiste Dumas. A partir daí, ele começou a se interessar pela química.
Seu interesse pela química era tão grande que ele logo se tornou professor de química em Estrasburgo e, algum tempo depois, em Paris.
Em 1848, ele fez uma descoberta sobre o dimorfismo do ácido tartárico, enquanto observava no microscópio a surpreendente simetria apresentada nos dois tipos de cristais do ácido racêmico.

Com apenas 26 anos de idade, Pasteur fez uma descoberta sobre o desvio no plano de polarização da luz que lhe valeu a concessão da Légion d`Honneur Francesa" .
Algum tempo após, atendeu a solicitação de alguns dos vinicultores e cervejeiros da região que lhe pediram para descobrir como os vinhos e a cervejas azedavam.Durante sua  investigação, através do uso de microscópio, ele pôde constatar que a levedura ocasionava este processo. Solucionou este problema através de um processo que originou a atual técnica de pasteurização dos alimentos.
A partir desta nova descoberta, ficou constatado que tanto nos processos de fermentação quanto nos de decomposição orgânica, há a ação de microorganismos.
Em 1865, sua descoberta foi utilizada pelo cirurgião Joseph Lister, que utilizou os conhecimentos de Pasteur com o objetivo de eliminar os microorganismos presentes em feridas e incisões cirúrgicas.
No ano de 1871, Pasteur insistiu para que todos os médicos dos hospitais militares passassem a adotar esta técnica em todos os instrumentos de procedimento médico.
Ele defende a idéia de que toda doença infecciosa tem sua causa num microorganismo com grande capacidade de propagar-se entre as pessoas. Segundo ele, deve-se identificar o microorganismo causador de cada doença para se descobrir um modo de combatê-lo.
 E assim ele finalmente descobriu uma forma de combatê-los, foi a partir de então, que ele descobriu às vacinas, entre elas, a anti-rábica.

Alexander Fleming

Alexander Fleming nasceu no dia 6 de agosto de 1881, em Lochfield, na Escócia. Ele era filho de um fazendeiro, Hugh Fleming, e tinha sete irmãos. Fleming era um aluno brilhante e percebeu que seu país de origem oferecia oportunidades limitadas de carreira. Sendo assim, aos 13 anos, ele se mudou para Londres, onde frequentou uma escola politécnica antes de decidir se tornar um médico. Fleming então se matriculou na Escola de Medicina de St. Mary. Seu desempenho na faculdade foi excelente, tendo recebido inúmeras honras em seus estudos de fisiologia e medicina.

 Após a formatura, Fleming entrou na equipe de Almroth Wright, um dos pioneiros da vacinação. Ele gostaria de ter sido cirurgião, mas apaixonou-se pela pesquisa da equipe de Wright. Seu primeiro grande feito foi simplificar o teste da sífilis, doença sexualmente transmissível, que era uma das grandes epidemias da época.

Em 1921, Fleming descobriu as lisozimas, parte importante do sistema imunológico, que foram seu principal objeto de estudo até uma manhã de setembro de 1928, quando viu uma cultura de estafilococos sendo destruída por um fungo que aparecera por acaso. Isolou a substância que dissolvia as bactérias sem atacar o organismo humano e desenvolveu a penicilina, o primeiro antibiótico.

Tornou-se um colecionador fanático de fungos, revirando casas dos amigos, especialmente cozinhas, atrás de um outro bolor com efeito antibiótico. Apesar do empenho, a penicilina foi o único achado. Paralelamente, uma equipe de Oxford, chefiada por Howard Florey e Ernst Chain, desenvolveu o medicamento que causou furor ao ser usado em pacientes a partir de 1942.



"Não inventei a penicilina. A natureza é que a fez. Eu só a descobri por acaso".

Fleming se tornou um herói popular e recebeu diversos prêmios, porém, a felicidade desses anos terminou com a morte de sua mulher em 28 de Outubro de 1949. Alec fechou-se no laboratório e apenas o trabalho o distraía. Até que uma jovem cientista grega, Amalia Voureka, passou a ser a sua companheira predileta de trabalho. Eles se casaram em 1953. O cientista continuou a trabalhar e viajar até à sua morte, por infarto.


Conceito de Microbiologia

É o estudo de microorganismos, que são formas de vida que só podem ser observadas através de um microscópio. Incluem algas, fungos, bactérias, protozoários e vírus. 
A palavra "microbiologia" significa estudo de pequenas vidas, e foi criada em 1899.

Teoria Celular

Criada por volta do século XIX pelo botânico alemão Mathias Jakob Schleiden e pelo zoólogo também alemão Theodor Schwann, a Teoria Celular  diz que a célula é a unidade fundamental da vida, sendo assim, que tudo que se considera vivo é feito por células, seja por trilhões delas ou por uma apenas.
A teoria celular consiste em três ideias:
  • A vida existe somente nas células”: todos os seres vivos são feitos de células, ou seja, todas as reações do organismo dependem da atividade das células, e é através da célula que toda a energia necessária para o funcionamento do organismo é obtida e utilizada. 
  • As células provêm somente de células preexistentes”: uma célula "nasce" através da reprodução de outras células, onde é passado o material genético a essa nova célula.
  • A célula é a unidade de reprodução e transmissão das características hereditárias.”: todas as características genéticas é transmitida a partir da reprodução das células.

Robert Hooke descobriu a célula em 1669, ao observar um pedaço de cortiça num microscópio. Ele conseguiu visualizar pequenas cavidades na cortiça, dando a elas o nome célula.

Em 1673, Antony von Leeuwenhoeck observou no microscópio as primeiras células animais: os glóbulos vermelhos do sangue. No começo, os glóbulos vermelhos não eram considerados como células, já que para ele essas células não tinham certos "compartimentos" básicos. 
Leeuwenhoeck também observou o núcleo celular, o que ajudou muito na compreensão do uso da célula em nosso organismo. Com isso, foi descoberto o nucléolo, como se fosse um núcleo do núcleo, que existe em todas as células, menos nas hemácias.

Somente um século e meio após da descoberta da célula é que a Teoria Celular foi lançada. Antes disso, vários cientistas já tentaram entender a estrutura e o funcionamento da célula, gerando ideias que se tornaram fundamentais para o desenvolvimento da Biologia, mais especificamente da Citologia, ciência que estuda a estrutura, as funções e o desenvolvimento celular.

Hoje sabemos que todo ser vivo, seja ele membro do reino Plantae, Animallia, ProtistaFungi ou Monera é composto por célula, alguns por uma única, outros por várias, e que muitas células apresentam diferenças entre si, mas desempenham basicamente o mesmo papel: estruturar, realizar atividades metabólicas e transmitir informações genéticas.

Sabe-se também da existência de organismos acelulares, ou seja, os que não são compostos por célula nenhuma, os tão conhecidos vírus, que devido a essa característica, não se encontram em nenhum dos reinos. Os vírus são formados por material genético envolto por uma cápsula proteica, e necessitam de uma célula hospedeira para sobreviver e se reproduzir, por isso, são chamados de parasitas intracelulares obrigatórios.